sexta-feira, 8 de maio de 2009

O bom filho, da Funasa sai.


“07/05/2009 - 00h32
Termina ocupação de índios em prédio da Funasa em SP
UOL Notícias”
Depois de 35 longas horas de ocupação da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), os representantes de 36 tribos de São Paulo foram para casa. A invasão teve como justificativa a falta de atendimento médico e a pequena verba para as comunidades.A história começou na terça-feira de manhã, quando os índios ocuparam o edifício, fizeram 37 funcionários reféns e exigiram a renúncia do coordenador regional da Funasa, Raze Rezek.
A renúncia foi pedida (e não foi aceita), os reféns libertos mas Rezek decidiu não ceder às exigências indígenas mediante tamanha pressão.

Que confusão! Vamos por partes...só assim se entende alguma coisa.
A Fundação Nacional de Saúde - FUNASA é um
órgão do Ministério da Saúde do governo do Brasil encarregado de promover saneamento básico à população. Tem uma função particular: cuida também da assistência a saúde das populações indígenas, direcionando as ações de saneamento para as comunidades cujos indicadores de saúde denotam a presença de enfermidades causadas pela falta e/ou da inadequação de saneamento. Portanto é responsável sim pela falta de atendimento médico e se houver algo relacionado não resolvido deve explicações aos interessados.
No caso da ocupação, de um lado estavam os índios exaltados pelas poucas verba e assistência à saúde enquanto do outro a Funasa, que se disse pressionada e destacou a execução "todos os projetos" que os indígenas tinham reivindicado em reunião mantida no ano passado. Conclusão: não houve acordo e a polícia foi chamada para para que desalojar o prédio, e poucas horas depois os manifestantes decidiram deixar o local.
A Funasa argumentou que as comunidades de São Paulo são as que têm uma "melhor cobertura médica" de todo o país, já que o fornecimento de água potável alcança 95% da população e os índios recebem remédios periodicamente.

Difícil abraçar um lado, já que qualquer órgão com ligação governamental mínima não anda merecendo nossa confiança enquanto as comunidades indígenas modernas adquiriram do novo tempo uma coisinha chamada malícia...uso a palavra no sentido pejorativo. Malícia impregnada no homem do século 21, que finge não perceber que o troco da padaria veio a mais, não enxerga a vozinha de pé no ônibus, faz de uma dor de cabeça motivo de faltas no trabalho, procura levar vantagem em absolutamente tudo e se possível um pouco mais....
É preciso analisar ambos os lados, possuir embasamento histórico e conseqüentemente conhecer a nossa formação social, com todas as dificuldades que ela possuiu
.

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