segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Por enquanto.

Tenho amigas tão diferentes quanto os dedos das minhas mãos. Sou tão os mais diferente, mas existe uma semelhança que é inegável: o coração. Todas temos o coração maior que o corpo... somos alma pura. Completamente sentimento!
A nossa dificuldade em aceitar o fim, sorrir para um novo começo, aquela velha caminhada que vem sempre cheia de obstáculos. A nossa reação diante do amor e do desamor, diante das flores ou do tapa. Saber que aquela etapa chegou ao fim pode ser dolorido ou simplesmente passar despercebido. O fato é que as etapas terminam, abrem espaço para o novo, para a novidade que precisa ser vivenciada para que possamos ser um pouquinho mais sentimento. Completamente sentimento! Alma pura!


Um emprego que vai, um amor que chega, uma pinta nova que aparece. Cortar o cabelo, avermelhar a boca, encher a cara, esquentar o coração, esvaziar a alma dos momentos que já passaram. Aceitar e enfrentar o mover da montanha... aquela que parece escurecer o dia, literalmente tampar o sol do ânimo, o som que movimenta, empurra, espirra expulsando todo e qualquer sentimento ruim. Mas criamos uma montanha... entre os olhos e o sol!
Mesmo assim ainda somos mais alma que corpo. Já ouço a gaita, aquele som gostoso. Ouço Fagner, faíscas, sinto uma fogueirinha, vontade de fazer, dizer, agradecer, mandar flores ao delegado... falar do beijo, da boca, da chama, dessa sina, da saliva e do selinho. Falar do peito, do veneno, do vício, do abandono e do encontro. Falar do beijo é falar da verdade, da necessidade. É falar de pele, de cheiro, de paixão que jura ser amor, de amor que de tão puro vira coisa de irmão... coisa de amigo.

Bom mesmo é se entregar, se enforcar, se entender. Adoçar, piar, gritar. Bom mesmo é se desentender e fazer as pazes...dez vezes por dia. Ser o bem de alguém, ser o melhor para si , ser um só. Exigir, brincar, brigar, ser bicho solto, bandido, vulgar... se vingar, pedir perdão e perdoar. Quando houver um outro que sabe se estranhar, se compreender, descansar, sonhar....esse outro é nosso e nós não nos pertencemos mais. Pelo menos por enquanto. Para tantas diferenças e semelhanças damos o nome de amizade.

Tenho amigar tão diferentes quanto os dedos das minhas mãos, mas existe uma semelhança que é inegável: todas iremos, com ou sem todo esse nosso sentimentalismo.

Completamente saudável!

Esse espaço também serve pra divulgar, né?
Divulgar é preciso!

"Quem disse que cabeça não combina com panela?
Que homem não combina com cozinha?
E que voar só combina com avião?
Quem disse que a tradição do leite não pode girar junto com a modernidade?
Foi combinando que aprendemos o que realmente é importante.
Combinando, a Compleite descobriu uma vida mais leve, mais saudável
Muito mais gostosa... uma vida mais completa!
A Compleite combina com você. Combina com vitamina A, C e D.
Compleite.Completamente saudável."

Texto: Michelle Rabelo



De pé.

Já pedi pra você me deixar... eu não quero mais o seu amor!
Você que me tira do prumo, que faz meu caminho descompassado, minhas dúvidas agudas e meu peito calado. Você bem longe de mim! Há uma distância segura, uma medida confortável... bem longe dos meus olhos, assim o pensamento dá uma trégua para o coração.


Joguei tudo fora... minha paz, todos aqueles olhares e disfarces. Esse amor cheio de limites e medos. Sem entrega total, sem você por inteiro, com o tempo parado, olhos iluminados, coração disparado, pernas bambas e cabeça boba. Tudo vindo de um único lado... sem respostas, sinais...sem clareza, verdade que cutuca, machuca. Verdade que alivia, cicatriza.
Joguei pra cima nossos planos, nossa viagem para lua no dragão de São Jorge, nossos segredos, o cheiro no cangote, o cafuné, as suas mãos na minha nuca sempre exposta, a minha boca na sua... sempre pronta. Joguei tudo pra traz... ou pra frente, ainda não sei. Joguei para fora do meu alcance. Os motivos são vários. Agora eu quero paz, uma paz azul da cor do céu, quero todo aquele silêncio, ficar mais perto de mim, me apaixonar pela minha cor preferida, pelo gosto de estar sozinha, entre minhas mãos, pernas, pensamentos.

Te dei minha música preferida, minhas noites de sono, sonhos, satisfação, meu xodó, meu cantinho com todos os mimos e sorrisos. Um cheiro bom de mandinga de amor, gosto de coisas novas, novidade que faz tudo especial. Te dei meu tempo, meu espaço, minha decência, minha fé. Não se achegue! O espaço ficou pequeno e você agora é um intruso! Espaço pequeno para tanta coisa, tanta gente, tanta solidão.
Será que o amor só é bom se doer? Quero ficar sã, boa, de pé! Amar cansa a alma!