quinta-feira, 7 de maio de 2009

Firme, forte e ainda baixinho!


Como uma candidata a futura jornalista (lembrando da versatilidade EXIGIDA pela profissão), tenho uma desvantagem em relação á muitas mulheres e colegas de curso que conheço: não sei nada sobre futebol, e consideraria uma missão quase impossível escrever para uma revista, jornal ou cobrir um evento/acontecimento do gênero.
Então, como o mundo é dos espertos, onde “homem come homem” (expressão popular que se remete ao fato de não haver muito respeito e ética profissional. Não quero ser mal interpretada), resolvi aprender um pouquinho sobre o complicado (pelo menos pra mim) mundo futebolístico. Com tantos times, campeonatos, jogadores que vão e vem de clubes a todo o momento, técnicos, goleadas (também conhecido como “lavada” é assim que chamam a partida quando o placar da mesma tem diferença grande entre o número de gols de um e outro time) e um misterioso poder que esse esporte tem sobre as pessoas, principalmente sobre os homens... sei que não será uma tarefa fácil, mas tô na luta!
Fazendo minha leitura diária na internet, vi uma notícia sobre “o baixinho”, o Romário. Sei do apelido porque na Copa do Mundo de 1994, só se falava dele e é claro de sua incrível parceria com Bebeto. Na minha santa ignorância me assustei, nem sabia que o cara ainda era notícia, mas ele estava lá, firme, forte e ainda baixinho.
“17/03/2009 - 18h46 Romário volta ao futebol como dirigente do América Rodrigo Viga Gaier
Romário vai voltar ao mundo do futebol este ano e atacará de dirigente do América, tradicional equipe do Rio de Janeiro.”

O jogador será coordenador de futebol do América, que é um time que está na segunda divisão do Campeonato Estadual do Rio. Mas calma, vamos por partes: a chamada Segunda Divisão é onde estão os clubes que não se destacaram tanto, mas que não são dos piores (estes ficam na 3ª Divisão, o que é um ferimento na honra do time. Se você quer deixar o torcedor, ou a maioria deles, envergonhado é só lembrá-lo que o time dele está na mal assombrada 3ª Divisão). Acima desta, está a principal (é a 1ª Divisão), que reúne os principais clubes, também conhecidos como os “tops de linha” ou “nata”, assim chamados pelo fato de ganharem os jogos quase sempre. Essa proporciona ao clube a possibilidade de participar de outros campeonatos, o que me parece uma coisa boa.

Mas voltando ao assunto do jogador/coordenador, o acordo foi fechado durante a madrugada de terça-feira (17/03/2009) e veio a público através do presidente do clube Ulisses Salgado. "É importante a vinda do Romário para nos ajudar no projeto de reerguer o América. Fechamos essa parceria com ele, o Botafogo e a Federação de Futebol do Rio, que vai dar muita alegria ao clube", disse Salgado ao site da Folha. Segundo ele o Botafogo vai ceder jogadores e a federação disponibilizará estádios para treinos e atividades do time. O América também conhecido como “Ameriquinha”, “o segundo time de todos os cariocas” e “Diabo” (complicações do futebol) teve como torcedor fanático o “baixinho mor” (pai de Romário) o que foi um dos motivos pelos quais o craque (costumam chamar assim quem tem fama e joga bem, mas tudo depende do referencial) aceitou o cargo de coordenador. No ano passado o jogador ariscou-se também como técnico do Vasco (lembrando que para ser técnico só precisa mesmo entender do assunto), sei disso porque saiu na parte de esporte, que fica pertinho da de economia e que apesar de também não saber muita coisa do assunto, gosto de ler e tento sempre ficar por dentro de tudo.
Na época ele jogava e atuava como técnico da equipe, o que não durou muito tempo, pois se indispôs com o então presidente do clube, Eurico Miranda, que tentou interferir na escalação do time titular montado pelo jogador... e técnico...ai, que confusão! Curiosamente, o América foi uma das principais vítimas de Romário enquanto o jogador esteve em atividade. Segundo cálculos do próprio técnico, foram 34 gols marcados contra o time do pai desde as categorias amadoras até o profissional. Romário também apareceu muito na mídia pelo feito de seus 1.000 gols, que pareciam nunca sair. O fato já se assemelhava a uma novela, tamanho o novelo de acontecimentos: o sofrimento da imprensa, do clube e do “baixinho”, corre-corre de fotógrafos, crises do jogador que se dizia pressionado...até que na quinta tentativa durante o Campeonato Brasileiro, enfim, ele cumpriu a sua missão e marcou o bendito gol.
O Sport acabou se transformando na vítima do momento histórico. São Januário, o palco. E o dia 20 de maio de 2007 entra para a História. “Aos 41 anos, Papai do Céu me deu uma oportunidade desta, e eu não esperava. Tive oportunidade de atingir essa marca não só para mim, os meus pais, a minha família, mas para o mundo todo” diz Romário, aos prantos.
Papai do Céu? Sei!!!
Uma coisa ficou bem clara: o futebol nunca dá ponto sem nó e está quase sempre cercado de interesses e das famosas “puxadas de tapete”. Time sobe, time desce... jogador marca, goleiro deixa passar...
Um jornalista esportivo tem que estar tão plugado no momento quanto todos os outro de todas as outras áreas.
Á vocês, o meu respeito!
OBS: Esse texto contou com a indispensável colaboração de um homem, que excepcionalmente não sabe quase nada sobre futebol. Mesmo assim obrigada, Dani!

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