quinta-feira, 7 de maio de 2009

E você? Já votou?


É tempo de eleições....
Tantos significados para este período...
Tempo que na teoria deveria ser usado para se repensar os governos que estão chegando ao fim, avaliar o que foi feito, o que ficou por fazer, o caráter do representante que ficou durante determinado período falando por você, ou falando de você, ou falando contra você...período de reflexão. Tempo usado na prática para refazer promessas não cumpridas, justificar escorregões, acusar escorregões alheios, reduzir o pão e multiplicar panfletos, carros de som que gritam os jingles dos candidatos e, como se não bastasse, os meios de comunicação também passam a colocar em pauta insistentemente assuntos ligados à política e seus “disses que me disses” (adoro essa expressão! Minha avo usa tanto, para se referir á conversas sem futuro, assuntos inacabados...etc.). Como pode ser? Palavras gastas, jogadas ao vento, sem nenhum vínculo com o cidadão. Habermas afirma segundo o conceito denominado por ele de “distorção da informação”, que aquele que é mais é visto e/ou ouvido, é mais facilmente aceito pela grande massa de manobra que constitui a imensa parte da população, composta por pessoas intelectualmente despreparadas que recebem a informação mais não sabem o que fazer com ela. Qualquer semelhança com o povo brasileiro é mera coincidência. Daí o motivo do nosso Luizinho aparecer tanto na mídia e ser tão popular junto ás camadas mais baixas. Exemplo desta informação despejada é o período eleitoral e conseqüentemente o voto, escolha feita pelo indivíduo depois de ser bombardeados por verdades e mentiras, conceitos e pré conceitos vindos de todos os lados. Tem gente que vota em troca de uma saco de arroz, de uma camiseta, de um emprego que nunca chega, de palavras bonitas que dão ao dito cujo um ar de pessoa do bem, gente que faz (isso me lembra slogan de campanha) O maior exercício democrático do mundo, as eleições, chamam mais atenção quando acontecem em regiões politicamente pouco desenvolvidas ou relativamente novatas em questão de participação popular.
Exemplo disso é a eleição parlamentar na índia, país fragmentado politicamente como seu complexo sistema de castas onde as eleições gerais durarão quase um mês e terão cinco rodadas. Ou a eleição sul-africana para a escolha do presidente. No país de Gandhi 714 milhões de indianos estão registrados para votar nos novos membros da Câmara Baixa (543 deputados da Assembléia do Povo, que representa os 28 estados e sete territórios da União Indiana), que definirá o futuro primeiro-ministro indiano. As eleições gerais estão marcadas para acabar somente em 16 de maio, quando serão divulgados os resultados. Como em toda disputa pelo poder que se preze, existem os grupos que brigam pelo cargo, no caso da índia, de um lado está a rainha dos dalits (os intocáveis, comunidade excluída do sistema hindu de castas), que tem como nome regente Varun, do principal partido oposicionista, o Bharatyia Janata (PBJ), enquanto do outro a família mais influente da política nacional, tendo como representante Rahul, político prodígio indiano e filho de Sonia Ghandi. A não obrigatoriedade do voto na Índia faz com que o pleito caminhe em um cenário de incerteza. Já na África de Nelson, Jacob Zuma, candidato do partido majoritário Congresso Nacional Africano (mesmo de Mandela) que ganhou legitimidade na luta contra o apartheid, é o favorito. O engraçado é que o discurso do partido é a redução do número de infectados pelo vírus HIV em mais de 50% e o fornecimento de tratamento a 80% dos doentes. Só lembrando que a maioria das pessoas infectadas adquirem a doença através de abusos sexuais e Zuma acaba de ser absolvido. A denúncia? Estupro? É a vida como ela é!
É tempo de eleições....Tantos significados para este período...
O importante e esquecer os rótulos e construir novos significados... soa um tanto utópico, mas o que fazer senão colocar aqui, nestas palavras, no meu espaço...todos os meus sinceros desejos....não seria má idéia ir até lá e jogar-lhe um sapato...DE FERRO, o que (como já foi provado) de nada adiantaria.
Hora de buscar informação, tempo de união, tornar o destino raro uma coisa comum, a participação popular uma necessidade e o voto uma arma ao alcance de todos.

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