quarta-feira, 20 de maio de 2009

Yeda Crusius? Cruzes!

Noticia de política! Oba!
Amo muito tudo isso! Não é assim que diz o slogan extraordinariamente inteligente do McDonald's? Slogan esse que nos faz esquecer de como a gordura saturada do big, ultra, mega, super mc lanche feliz da vida gosta de entupir tubinhos que chamamos de artérias e que devem servir para alguma coisa importante, já que todos que não as tem sadias costumam ter problemas em um órgão de importância mediana para a sobrevivência: o coração. Tudo uma jogada de marketing.

Mas voltando à notícia...
A política tem vários slogans, o tempo novo que traz o progresso, a cidade criativa que aproveita o espaço, o lulalá que realmente ficou mais lá do que cá...
Slogans esses que nos fazem esquecer de como candidatos de alguns big, ultra, mega, super partidos limpos como o branco do Omo gostam de destruir uma coisinha chamada senso crítico e que deve servir para alguma coisa importante, já que todos que não o tem costumam ser enganados facilmente, além de não saberem exigir melhoras e consequentemente distinguir o que é bom ou ruim para o país.

Pois bem... gosto muito de política, apesar de ser extremamente burra no assunto e de que algumas pessoas já me deixaram absurdamente desanimadas com ela, pois vivem repetindo tudo que já sei de cor, política é boa na teoria, fora isso a dita cuja aí de cima é feia e cheia de exceções: não deve-se roubar, mas fulano de tal rouba, não se pode governar para si, mas cicrano governa...enquanto isso continuamos aqui votando sem saber a importância desta atitude e ficando por fora dos reais acontecimentos.
Eis um acontecido.

13/05/2009 - 18h41
Polícia Federal pede autorização para investigar governadora Yeda
WANDERLEY PREITE SOBRINHOcolaboração para a Folha Online

Nada de novo... tudo na mesma.
Mais uma denuncia de corrupção chega aos nossos ouvidos e abismem-se: alguém se revoltou. Pra variar, a mudança acontece no nome e partido do acusado, e ponto. O resto e tudo igual.

A personagem principal desta vez é a governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius integrante do PSDB, e a acusação são de que ela e outras pessoas que fazem parte de sua equipe estariam desviando dinheiro do Detran-RS, além de um suposto envolvimento com fraude em licitações e um caixa dois na campanha eleitoral de 2006...o famoso caixa dois, local onde é colocado o dinheiro cuja origem não pode ser explicada e que aparece como num passe de mágica na conta de um terceiro que merecidamente é beneficiado com isso.
Depois que o caso veio a público o alvoroço começou.
Está escalado o elenco da novela. Yeda (a suspeita, mocinha ou vilã?), os manifestantes (coadjuvantes, já que possuem pequeno poder de mudança situacional), o advogado de Yeda e também ex-ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) José Eduardo Alckmin (o cúmplice), o chefe da Casa Civil (personagem que confunde o espectador) que nega o suposto abandono da governadora pela parte do PSDB nacional e que ratifica sempre que pode que acredita que isso vai fazer com que a governadora e o Estado saiam engrandecidos deste processo, a Veja (a fofoqueira) que divulgou a informação (não confirmada) de que R$ 400 mil vindos de um suposto caixa dois composto por empresas de fumo teriam sido entregues a Carlos Crusius (o mocinho ou vilão?) marido da governadora, para a compra da casa em que ela vive (o governo, as empresas citadas e o marido negaram a existência do caixa dois e do suposto desvio) e o superintendente da Polícia Federal, delegado Ildo Gasparetto (o justiceiro), que decidiu investigar Crusius, mas aguarda que a Procuradoria Regional Eleitoral no Rio Grande do Sul aceite a decisão e peça o pronunciamento e autorização INDISPENSÁVEL do STJ (Superior Tribunal de Justiça) para só então entrar em ação, já que Yeda é governadora e diferente do que qualquer mero mortal, ela só pode ser investigada depois que o STJ autorizar. Fiquei pensando em me candidatar futuramente, quem sabe assim não ganho uma passagem direta para o céu, sem nenhuma escala ou caos aéreo, afinal, quem escolhe se dedicar a busca pelo bem estar da população, merece o melhor, inclusive privacidade garantida.


13/05/2009 - 17h09
Yeda entrega documentos ao presidente do PSDB para comprovar sua inocência
GABRIELA GUERREIROda Folha Online, em Brasília


Depois de tanto bafafá, finalmente a governadora tomou uma atitude que ainda não encontrei adjetivo para caracterizar. Na tentativa de buscar apoio político dentro do PSDB, ela entregou hoje ao presidente do partido, Sérgio Guerra, documentos que supostamente comprovariam sua inocência nas denúncias, entre eles estavam a prestação de contas de sua campanha eleitoral de 2006 aprovada pelo Tribunal de Contas do Estado e o esclarecimento de que recebeu R$ 796 mil de doações de uma empresas do setor de fumo declarados legalmente.
Com a relação aparentemente abalada perante a mídia, Yeda negou ter sido abandonada pela cúpula tucana e se disse bastante confiante.


14/05/2009
Manifestação contra Yeda reúne 3.000 pessoas sob chuva em Porto Alegre
Folha Online


Cerca de 3.000 pessoas, entre elas estudantes e servidores públicos, foram à região central de Porto Alegre participar da manifestação contra a governadora. Com muita vontade ou indignação imensurável, os manifestantes ficaram cerca de uma hora e meia no local. Sob chuva forte, depois de uma longa caminhada eles pararam em frente à sede do Ministério Público do Rio Grande do Sul, para pedir a investigação das denúncias, e do governo do Estado, e o impeachment da governadora. Munidos de banners, cartazes, um carro de som e muitas palavras (a arma principal de manifestantes pacíficos e que em minha opinião, é a mais poderosa de todas. Quem lê, se informa, pergunta... sabe o que está falando)
O estranho é que o governo não se pronunciou sobre a manifestação, o que deixa no ar um cheiro não identificado. Seria injusto opinar sem certeza? Seria burrice calar a boca e esperar que alguém se habilite á falar? Eis a questão!


O acontecido foi divulgado por meio chamadas (TODAS COBRADAS COMO O ESPERADO) na televisão, veiculadas em sete emissoras e em horário nobre.


Chefe da Casa Civil de Yeda diz que "não há fato novo" para criar CPI
GRACILIANO ROCHAda Agência Folha, em Porto Alegre

Pronto! O que a sociedade, ou uma parte pequena que se interessa por política e que se preocupa com alguns trocados á menos nos cofre públicos, podiam fazer estava feito, restava aguardar o posicionamento da lei. Não sei se podemos chamar de lei alguém que afirma que para que haja uma investigação de corrupção é necessário um fato novo. FATO NOVO? E as denúncias anteriores? E a possibilidade de que um cidadão esteja pegando para si dinheiro que pertence á tantos outros. Não é um fato?! O chefe da Casa Civil do governo do Rio Grande do Sul, José Alberto Wenzel, acha que não.
Segundo ele, a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) pedida pelos petistas gaúchos para investigar supostos atos de corrupção envolvendo Yeda não deve ser criada porque "não há fato novo". A CPI é desnecessária, já que tudo está sendo esclarecido nos seus devidos espaços, que são Ministério Público, Polícia Federal, em todos os segmentos. “Quem mais quer estes esclarecimentos somos nós ", disse Wenzel durante visita à Assembléia Legislativa. (Agência Folha)
A oposição já entrou em ação, já que oposição que se preze tem que ter ATITUDE e começou a colher assinaturas para instalar a bendita CPI. Mesmo com toda força de vontade o PT sua a camisa na Assembléia, pois são necessárias 19 assinaturas e haviam sido conseguidas apenas dez todas de deputados do PT e do PC do B.

14/05/2009 - 14h19
PT gaúcho vai a Brasília para convencer PDT a assinar CPI contra Yeda
WANDERLEY PREITE SOBRINHOcolaboração para a Folha Online


Para o PT gaúcho e muito confortável que a governadora seja culpada, já que existe entre os partidos uma richa antiga. Vindos da linda terra dos pampas, representantes petistas foram a Brasília em busca de assinaturas para que a CPI saia do papel. O animo foi renovado pelo fato de que outros partidos levantaram a bandeira, que não e vermelha, mas que faz brilhar a estrela da esperança de afastar Yeda do cargo, o que beneficiaria uma parte do bolo PT, PDT, PSB, PTB e DEM.

Por fim... nada mudou. Tudo continua na mesma.
A situação está paralisada, já que para alguns a CPI será uma escada para a candidatura do ministro Tarso Genro, que se apresentará como candidato ao governo do Estado pelo PT. A bancada do PMDB decidiu que não assinará ao documento e o oposicionista PSB, que tem dois deputados, adiou a decisão de assiná-lo ou não. Políticos são normais e desconfiam uns dos outros.
O argumento usado pelos que se propuseram a assinar o pedido de investigação é de que para se governar um estado, ou mesmo tomar decisões como líder de bairro (com todo o meu respeito) é indispensável que o candidato tenha legitimidade para assumir o cargo e a responsabilidade de falar pelo outro.


Resta-nos esperar pela CPI ou pelo próximo slogan da campanha de Yeda, que certamente envolverá justiça, seriedade e transparência, características visíveis de sua pessoa.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

E de uma, somos tantas!

Chegou a hora dessa gente bronzeada mostrar seu valor!

Cantava Morais Moreira, em 1997 no seu disco Moraes Moreira Acústico. Me lembrei dela e dele (que por sinal está a um tempo fora da mídia quando fiquei sabendo de uma exposição que aconteceu em São Paulo no último dia 11.
Integrante do movimento dos Novos Baianos, se enquadra entre um dos mais versáteis compositores do Brasil, misturando ritmos como frevo, baião, rock, samba, choro e até mesmo música erudita. O cantor e compositor daria uma bela postagem!)

“12/05/2009 - 16h30
Francês expõe perfis de "mulheres do planeta" na Oca
Da Redação UOL”

Começou no último dia 11 (terça-feira) a exposição assinada pelo francês Titouan Lamazou (nomeado em 2003 pela Unesco "Artista pela Paz") que representa através de fotografias, desenhos, pinturas, textos e vídeos todos os tipo de mulheres que ele conheceu durante sete anos de viagens pelos cinco continentes. Intitulada "Mulheres do Planeta", a mostra acontece na Oca (Parque Ibirapuera/SP) e faz parte do calendário de eventos do Ano da França no Brasil.


Nota-se nitidamente as diferenças socioculturais entre as mulheres. Cada uma é moldada “à lá conforto de sua região”, já que geralmente ficam em segundo plano no quesito importância para a sociedade. Roupas, posicionamentos, expressões e intimidade com a câmera são alguns dos fatores que mostram a grandeza da diversidade resultante de Eva.
Pronto, tínhamos aí uma oportunidade de mostrar nossas mulheres, não falei nada de peito e bunda, falei de MULHERES...mostrar que aqui a maioria trabalha, cuida dos filhos e da casa, algumas fazem o papel de mãe e pai, são esteio de família.

As imagens de brasileiras (três disponíveis na internet) me decepcionaram.
Uma índia nua. Saudosismo puro, já que a maioria das tribos indígenas de hoje são muito diferentes do tempo onde todo índio era curumim ou tinha a inocência de um. Hoje eles cresceram, física e mentalmente e já sabem distinguir com facilidade o bem do mal, quando estão ganhando ou perdendo em certa situação. O que por um lado é bom, reivindicam saúde, moradia, educação e verba (muitas verbas). Descobriram que a FUNAI pode ser uma forte aliada e fazem do órgão um tipo de escudo, mas por outro representa uma triste perda da sociedade, que fica sem um grupo tão importante á medida que este deixa para trás a referência do homem da terra, que tirava dela somente aquilo de que precisavam.
Uma catadora de lixo. Como toda força que sua imagem traz consigo (admito!), o que não impede a influência negativa que isto acarreta ao país, que ratifica sua fama de problemático se tratando de sociedade e indivíduo.
Uma senhora (com todo respeito) que ficou famosa pelo mau comportamento diante da mídia, seu vocabulário xulo (visto pelo povo como demonstração de coragem) e atitudes um tanto quanto extravagante. Dercy Gonçalves.... até agora não entendi como uma das maiores expoentes do teatro de improviso no Brasil (Que os méritos sejam citados!) pode representar o país. Cada coisa em seu devido lugar.

Mas voltando á Morais Moreira, acho que fez certo ao pedir para o país esquentar os pandeiros, iluminar os terreros e aprontar o samba, já que aqui somos todas bunda e peito, apetrechos que decoram a casa, indispensáveis na educação dos filhos e no controle da cozinha.
O que Lamazou esqueceu é aqui “Há quem sambe diferente noutras terras, noutra gente, num batuque de matar”. Aqui também existem mulheres lindas de coração, força surpreendente e histórias inacreditáveis... mulheres que trabalham, o dia todo e ainda encontram disposição para estudar á noite, que acordam cedo, dormem tarde e estão sempre (ou quase sempre) de bom humor...aqui tem mulher mais macho que muito homem!

Batucada,
Batucada, reunir nossos valores
Pastorinhas e cantores
Todos num só lugar.

Parte das imagens estão disponíveis no site da UOL (
http://entretenimento.uol.com.br/album/mulheres_do_planeta_album.jhtm?abrefoto=15).


segunda-feira, 11 de maio de 2009

Maria João

Engraçado! Desde criança não sei ao certo se sou Maria ou se sou João.

Nunca gostei de boneca, cor-de-rosa ou coisas do gênero... sempre fui curta e grossa com tudo, gostava de branco e preto...e ponto. Nunca usei um diário, pois quando tive um arranquei todas as suas folhas para brincar de adedonha, escrever bilhetes inúteis nas horas mais erradas e arrancar só pra estragar aquele caderninho tão mimoso.
Corria descalço, jogava bola, xingava e apanhava feito ‘menino-homem” – expressão muito usada no nordeste e que eu acho tão interessante que passei a tentar encaixar em tudo o que escrevo...embora nunca consiga, exceto desta vez.

Bom...mas voltando à menina-menino, quase não reclamava de nada...não era de muita conversa e adorava aquele gostinho da voz de autoridade quando se é o mais velho. Por falar em velho, sonho em ficar velha, só para descobrir se vou ficar interessante como eles. Velho tem tanta história, mania, medo, um jeitinho só dele... como eu gosto!
Assisti há uns quinze dias atrás um documentário de Eduardo de Oliveira Coutinho, chamado O Fim e o Princípio e A-DO-REI! Tudo muito simples, sem grandes produções... meio câmera na mão e pergunta na ponta da língua. Coutinho tem uma incrível capacidade de ouvir o outro, deixá-lo falar, e expressar na fala características tão simples e particulares que encantam quem assiste. São raros documentários assim, onde o entrevistado é realmente o personagem principal. Hoje em dia, ser jornalista e entrevistar alguém é coisa para poucos, já que a minoria da nova geração consegue ficar atrás das câmeras, sem correr atrás dos seus 5, 10, 15.... segundos de fama. Sabe aquele jornalista que vira apresentador?
Poxa! Jornalista é jornalista. Honrai-vos!

E sobre a aquela menina...
Minha irmã já é diferente... quanto mais cores e brilho..melhor. É linda e incrivelmente incrível! Tiro o chapéu para uma pessoa que consegue ficar três horas em cima de salto de 10 cm pulando sem parar.

Minha mãe me dizia que com o tempo eu criaria minha personalidade e que ela viria acompanhada de toda a feminilidade possível... é assim com as borboletas, antes casulos e depois o artrópode mais encantador que existe (depende do ponto de vista, acho a joaninha linda)...e sempre me agarrei nisso, mas o tempo passou e eu continuo sem saber ao certo se sou Maria ou se sou João.

Gosto das expressões mais fortes, da cerveja mais gelada e da risada mais alta... aquela que coloca pra fora tudo o que tento segurar sem sucesso. Gosto de Marisa, de política, de ouvir, de observar.... gosto de mandar, que tudo saia do meu jeito...só não gosto de futebol (mas não perco a esperança de um dia me interessar).
Não gosto de cores, de salão de beleza, de fofoca, de cinema grudado nem comida repartida.
Gosto de texto, roupa folgada, dirigir, gente burra calada (por isso me calo tanto) e gente interessante falando horas à fio. Ás vezes gosto do silêncio, de ficar sozinha, de pessoas com defeitos, de soluço, de filme de ação... gosto de pensar!
Gosto de samba, do barulho da rua, vozinhas e vozinhos (principalmente os meus), comer com a mão, colocar a mão na massa.
Gosto de trabalhar, de escrever.... queria mesmo fazer só aquilo que gosto.


Me questionaram sobre a foto do blog. Afirmaram que parecia um menino...e que ficava incoerente ter a foto de um menino com um título: Os textos DELA. Fiquei pensando nisso... poxa, mas é uma menina (estava lá na legenda do site de onde peguei)!
Me lembrei de mim...da menina de ontem e da mulher de hoje...continuo do mesmo jeito uma Maria com cara de João.

E se eu pudesse ter a velocidade para ver tudo, assistiria tudo... saberia de tudo, dos brancos, negros, amarelos e azuis...das “Marias” e dos “Joãos”.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Comece pelo editorial.

1º período de faculdade e ainda não sou madura o suficiente para estar sempre aberta à tudo.
O tempo me ensinará como se faz.
Faço jornalismo focada no impresso, pois uma das únicas coisas que gosto de fazer é gastar meu tempo aqui....colocando em palavras o que penso.

Bom... na verdade queria escrever hoje justamente sobre uma parte do impresso. Parte onde os veículos se transformam descaradamente em empresas, com interesses e tudo mais um negócio tem direito. Dane-se o compromisso com a verdade, neste pequeno espaço tudo é permitido: puxa-saquismo, opiniões abertas, aquela situação que não era exatamente o que pareceu, aquele político que se expressou errado, aquele governo que é ótimo, mas ninguém percebe... aqui vale tudo, vale ser alguém como eu e como você....com todas as nossas ideologias e hipocrisias.
Charlatões viram defensores da sociedade e professores aproveitadores do governo pedindo aumentos absurdos e desnecessários. Afinal...como não viver com uma renda mensal tão digna?!

Vou falar um pouco sobre uma parte do impresso indispensável para seu entendimento, um pedaço que quase ninguém lê (eu mesmo não lia e quando o fiz pela primeira vez percebi a importância das palavras colocadas ali e isso então virou um vício).
Estou falando do EDITORIAL, espaço onde o dono (ou alguém escolhido por ele, o editorialista) escreve de acordo com o posicionamento do veículo.


São textos cujo conteúdo expressa a opinião da empresa, da direção ou da equipe de redação, sem a obrigação de ter alguma imparcialidade ou objetividade. Geralmente ele está encaixado em duas ou mais colunas logo nas primeiras páginas internas. Os boxes (quadros) dos editoriais são normalmente sinalizados com formas que variam de veículo para veículo, para marcar claramente que aquele texto é opinativo, e não informativo.
A opinião de um veículo, entretanto, não é expressada exclusivamente nos editoriais, mas também na forma como organiza os assuntos publicados, pela qualidade e quantidade que atribui a cada um (é aí que entra o tão temido editor. É ele quem decide o que vai e o que não vai, tudo de acordo com os interesses e é claro, o “rabo preso” do impresso).
No ano passado, a Folha publicou um editorial (este em particular na 1ªpágina) sobre os processos movidos por fiéis da Igreja Universal do Reino de Deus contra os jornais "Extra", "O Globo", "A Tarde" e contra a própria Folha, pois os fiéis se disseram ofendidos pelo teor de uma matéria da jornalista Elvira Lobato, publicada em dezembro, que descrevia as milionárias atividades do bispo Edir Macedo.

“Intimidação e má-fé

Bispos da Igreja Universal do Reino de Deus desencadeiam, contra os jornais "Extra", "O Globo", "A Tarde" e esta Folha, uma campanha movida pelo sectarismo, pela má-fé e por claro intuito de intimidação.
Em dezembro, a Folha publicou reportagem da jornalista Elvira Lobato descrevendo as milionárias atividades do bispo Edir Macedo. Logo surgiram, nos mais diversos lugares do país, ações judiciais movidas por adeptos da Igreja Universal que se diziam ofendidos pelo teor da reportagem.
Na maioria das petições à Justiça, a mesma terminologia, os mesmos argumentos e situações se repetiam numa ladainha postiça. O movimento tinha tudo de orquestrado a partir da cúpula da igreja, inspirando-se mais nos interesses econômicos do seu líder do que no direito legítimo dos fiéis a serem respeitados em suas crenças.
Magistrados notaram rapidamente o primarismo dessa milagrosa multiplicação das petições, condenando a Igreja Universal por litigância de má-fé. Prosseguem, entretanto, as investidas da organização.
Não contentes em submeter a repórter Elvira Lobato a uma impraticável seqüência de depoimentos nos mais inacessíveis recantos do país, os bispos se valeram da rede de televisão que possuem para expor a pessoa da jornalista, no afã de criar constrangimentos ao exercício de sua atividade profissional.
É ponto de honra desta Folha sempre ter repelido o preconceito religioso. A liberdade para todo tipo de crença é um patrimônio da cultura nacional e um direito consagrado na Constituição. A pretexto de exercê-lo, porém, os tartufos que comandam essa facção religiosa mal disfarçam o fundamentalismo comercial que os move. Trata-se de enriquecimento rápido e suspeito --e de impedir que a opinião pública saiba mais sobre os fatos.
Não é a liberdade para esta ou aquela fé religiosa que está sob ataque, mas a liberdade de expressão e o direito dos cidadãos à verdade.”


Folha de São Paulo – 19/02/2008


O bom filho, da Funasa sai.


“07/05/2009 - 00h32
Termina ocupação de índios em prédio da Funasa em SP
UOL Notícias”
Depois de 35 longas horas de ocupação da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), os representantes de 36 tribos de São Paulo foram para casa. A invasão teve como justificativa a falta de atendimento médico e a pequena verba para as comunidades.A história começou na terça-feira de manhã, quando os índios ocuparam o edifício, fizeram 37 funcionários reféns e exigiram a renúncia do coordenador regional da Funasa, Raze Rezek.
A renúncia foi pedida (e não foi aceita), os reféns libertos mas Rezek decidiu não ceder às exigências indígenas mediante tamanha pressão.

Que confusão! Vamos por partes...só assim se entende alguma coisa.
A Fundação Nacional de Saúde - FUNASA é um
órgão do Ministério da Saúde do governo do Brasil encarregado de promover saneamento básico à população. Tem uma função particular: cuida também da assistência a saúde das populações indígenas, direcionando as ações de saneamento para as comunidades cujos indicadores de saúde denotam a presença de enfermidades causadas pela falta e/ou da inadequação de saneamento. Portanto é responsável sim pela falta de atendimento médico e se houver algo relacionado não resolvido deve explicações aos interessados.
No caso da ocupação, de um lado estavam os índios exaltados pelas poucas verba e assistência à saúde enquanto do outro a Funasa, que se disse pressionada e destacou a execução "todos os projetos" que os indígenas tinham reivindicado em reunião mantida no ano passado. Conclusão: não houve acordo e a polícia foi chamada para para que desalojar o prédio, e poucas horas depois os manifestantes decidiram deixar o local.
A Funasa argumentou que as comunidades de São Paulo são as que têm uma "melhor cobertura médica" de todo o país, já que o fornecimento de água potável alcança 95% da população e os índios recebem remédios periodicamente.

Difícil abraçar um lado, já que qualquer órgão com ligação governamental mínima não anda merecendo nossa confiança enquanto as comunidades indígenas modernas adquiriram do novo tempo uma coisinha chamada malícia...uso a palavra no sentido pejorativo. Malícia impregnada no homem do século 21, que finge não perceber que o troco da padaria veio a mais, não enxerga a vozinha de pé no ônibus, faz de uma dor de cabeça motivo de faltas no trabalho, procura levar vantagem em absolutamente tudo e se possível um pouco mais....
É preciso analisar ambos os lados, possuir embasamento histórico e conseqüentemente conhecer a nossa formação social, com todas as dificuldades que ela possuiu
.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Um Chico entre tantos.




Difícil escolher um Chico entre tantos para ser personagem desta minha postagem....temos inúmeros e com histórias tão fortes. Chico Buarque, Chico Sains, Chico Xavier, Chico César, Chico Lobo, Chico Pinheiro....e por aí vai. Mas hoje vim falar de um outro Chico. Seringueiro, sindicalista, ativista ambiental e agora personagem de um livro infantil.
Estou falando de Francisco Alves Mendes Filho, mais conhecido como Chico Mendes e marcado no cenário nacional e internacional por sua intensa luta pela preservação da
Amazônia.

O nosso Chico ganhou de presente mais uma homenagem, visto que desde de sua morte a história deste grande homem tem sido contada na TV e no cinema, como no documentário documentário "Chico Mendes - Um Povo da Floresta", dirigido pelo Jornalista Edilson Martins, lançado em 1989, onde Chico dá um de seus últimos depoimentos, contando ao mundo a luta dos seringueiros contra o avanço dos fazendeiros pecuaristas na amazônia, explicando a tática de enfrentamento, os empates, em que homens, mulheres e crianças se jogavam na frente dos tratores e das motoserras para evitar o desmatamento. Em 1994 foi lançado pela Warner Brothers associada à produtora HBO PicturesAmazônia em Chamas” e em 2007, Glória Perez escreve Amazônia, de Galvez a Chico Mendes minissérie produzida pela Rede Globo. Desta vez de Ziraldo, que lançará no dia 22 de junho na Biblioteca da Floresta Marina Silva no Acre, o livro "A História de Chiquinho", com desenhos assinados pelo próprio autor e o objetivo de repassar aos jovens as idéias de sustentabilidade e os valores de preservação da natureza que Mendes tanto pregava. O projeto foi idealizado por Elenira Mendes, filha do homenageado e presidente do Instituto Chico Mendes.
Começou a vida cedo. Ao lado de seu pai aprendeu o ofício de seringueiro e só aos 20 aos de idade aprendeu a ler, já que na maioria dos seringais não havia escolas e entre os proprietários destes não havia o mínimo interesse, afinal, um grupo de pessoas ignorantes representa um grupo de pessoas controladas.
Ampliando a idéia podemos citar um lugarzinho chamado Brasil, goverenado pelo Luizinho que usa e abusa das políticas assistencialistas modernas, digo modernas porque na conceituação tradicional este tipo de política é aquela que busca dar um apoio TEMPORARIO ao cidadão para este possa se estabilizar financeiramente e consequentemente socialmente, conseguindo um emprego, se especializando na sua área de trabalho e podendo usufruir de direitos básicos como moradia, saúde e lazer. Já nosso governo petista, Lulinha “ajuda” por tempo indeterminado o indivíduo com seus inúmeros vales-coisas.
Bom, mas voltando ao Chico em questão...foi um dos maiores sindicalistas dos últimos tempos. Iniciou a vida de líder sindical em
1975, como secretário geral do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Brasiléia. A partir daí não parou mais, participou ativamente das lutas dos seringueiros para impedir o desmatamento através dos chamados "empates" - manifestações pacíficas em que os seringueiros protegem as árvores com seus próprios corpos. Organizava também várias ações em defesa da posse da terra pelos habitantes nativos. Foi eleito vereador pelo MDB local e utilizava o poder para reunir lideranças sindicais, populares e religiosas na Câmara Municipal, transformando-a em um grande foro de debates, o que culminou nas inúmeras ameaças de morte por parte dos fazendeiros.Acusado de subversão, é submetido a duros interrogatórios. Representantes dos povos da floresta (seringueiros, índios, quilombolas) sua liderança deu á luta dos seringueiros pela preservação do seu modo de vida, grande repercussão nacional e internacional. Com suas idéias inovadoras e seu forte sentimento de união propôs a união dos interesses dos indígenas, seringueiros, castanheiros, pequenos pescadores, quebradeiras de coco babaçu e populações ribeirinhas, através da criação de reservas extrativistas através da "União dos Povos da Floresta".
O preço por tanta determinação foi alto.
Em
22 de dezembro de 1988, Chico Mendes foi assassinado, fato já anunciado publicamente por ele em função de sua intensa luta pela preservação da Amazônia. A justiça brasileira condenou os fazendeiros Darly Alves da Silva e Darcy Alves Ferreira, responsáveis por sua morte, a 19 anos de prisão, em dezembro de 1990. Darly fugiu em fevereiro de 1993 e escondeu-se num assentamento do INCRA, no interior do Pará, chegando mesmo a obter financiamento público do Banco da Amazônia, sob falsa identidade. Só foi recapturado em junho de 1996. A falsidade ideológica rendeu-lhe uma segunda condenação: mais dois anos e oito meses de prisão. Em dezembro de 2007, na mesma semana em que o assassinato de Chico Mendes completava 19 anos, uma decisão da juíza Maha Kouzi Manasfi e Manasfi beneficiou o fazendeiro com a prisão domiciliar até março de 2008. Darly havia sido recolhido ao cárcere de Rio Branco em agosto de 2006, depois de ter sido julgado e condenado em júri popular como mandante do crime.
Atualmente, existem as Unidade de Conservação (UC) de uso sustentável que garantem legalmente a preservação dos recursos naturais, ao mesmo tempo, a manutenção da atividade econômica e a posse coletiva da terra pelas populações tradicionais (seringueiros, castanheiros, babaçueiros, caiçaras etc).

O tempo passou e a nossa sorte é que existem pessoas como Ziraldo, que recontam histórias como a de Chico Mendes...histórias cheias de exemplos de vida, respeito ao ambiente em que vivemos, dignidade...histórias com personagens que não deveriam morrer nunca, mas se por inúmeros motivos não estão mais entre nós, não podem de maneira alguma serem esquecidos.

Vida longa á memória de todos os Chicos...em especial à de Chico Mendes!

“Neste país lugar melhor não há!”


Leitores... Meus queridos leitores! (Se é que os tenho. Um ou dois gatos pingados – com todo o carinho possível usado na classificação – me disseram ler e acompanhar fielmente minhas palavras. Quanta honra!) Ando em falta com meu blog, e com meus dois ou três queridos gatos pingados. Tantas coisas acontecendo. Dariam pano pra manga durante dias e dias aqui escrevendo. Eleições na índia, o dito fim do vestibular, em São Paulo aparecem sem calça em pleno metrô, vozinhas que detém ladrões... tantas coisas ao mesmo tempo.
Mas depois de quase uma semana sem dar as caras e as postagens por aqui, venho falar de outro assunto: civilidade.
Civilidade segundo o dicionário Aurélio é um conjunto de formalidades observadas entre si pelos cidadãos em sinal de respeito mútuo e consideração; polidez, urbanidade, delicadeza, cortesia, ou seja, toda demonstração de importância com o próximo é um exemplo de civilidade. Ontem nossa grandiosa capital. Capital esta onde tudo de importante acontece. É lá que vivem os políticos que comem, bebem, moram e viajam (como viajam!!!!!!!!!!!) com o nosso tão suado dinheirinho. Bom... mas voltando ao dia dela, ontem Brasília completou 49 anos, ainda com ares de menina e recebeu como presente números grandiosos. Grandiosos, pois falo aqui de um povo pelo menos na teoria civilizado.
22/04/2009 - 14h08 “Festa de aniversário de Brasília termina com um morto e 22 feridos” Do UOL Notícias
Foi isso. Um homem morreu e 22 pessoas ficaram feridas durante os shows da “noite do parabéns” do Distrito Federal. A festa dos 49 anos da capital federal reuniu cerca de 1,5 milhões de pessoas. O que levou tantas pessoas até a Esplanada dos Ministérios? O amor por Brasília? Não! A comemoração contou com shows de Jota Quest, Xuxa e Cláudia Leite, entre outras atrações. De acordo com a Polícia Civil, 300 ocorrências foram registradas. As denúncias foram contra atentados com armas brancas, não houve em momento algum o uso de armas de fogo. Um rapaz que ameaçava casais com pedaços de garrafa foi preso. E como não podia faltar, imagens registraram cenas de violência envolvendo policiais militares. A mesma informou que o fato será analisado para que a conduta dos PMs possa ser apurada. A quantidade de vítimas obrigou o Corpo de Bombeiros a dividir o atendimento entre o Hospital Regional da Asa Norte e o Hospital de Base.
É triste, ou bem feito...ainda estou na dúvida, ver que no país onde a família é a base da sociedade (diz-se assim) os indivíduos se tratam como animais. É ou deveria ser no mínimo vergonhoso (grande Boris Casoy!)

“E o boiadeiro tinha uma passagem
Ia perder a viagem, mas João foi lhe salvar
Dizia ele "- Estou indo pra Brasília
Nesse país lugar melhor não há!”

E você? Já votou?


É tempo de eleições....
Tantos significados para este período...
Tempo que na teoria deveria ser usado para se repensar os governos que estão chegando ao fim, avaliar o que foi feito, o que ficou por fazer, o caráter do representante que ficou durante determinado período falando por você, ou falando de você, ou falando contra você...período de reflexão. Tempo usado na prática para refazer promessas não cumpridas, justificar escorregões, acusar escorregões alheios, reduzir o pão e multiplicar panfletos, carros de som que gritam os jingles dos candidatos e, como se não bastasse, os meios de comunicação também passam a colocar em pauta insistentemente assuntos ligados à política e seus “disses que me disses” (adoro essa expressão! Minha avo usa tanto, para se referir á conversas sem futuro, assuntos inacabados...etc.). Como pode ser? Palavras gastas, jogadas ao vento, sem nenhum vínculo com o cidadão. Habermas afirma segundo o conceito denominado por ele de “distorção da informação”, que aquele que é mais é visto e/ou ouvido, é mais facilmente aceito pela grande massa de manobra que constitui a imensa parte da população, composta por pessoas intelectualmente despreparadas que recebem a informação mais não sabem o que fazer com ela. Qualquer semelhança com o povo brasileiro é mera coincidência. Daí o motivo do nosso Luizinho aparecer tanto na mídia e ser tão popular junto ás camadas mais baixas. Exemplo desta informação despejada é o período eleitoral e conseqüentemente o voto, escolha feita pelo indivíduo depois de ser bombardeados por verdades e mentiras, conceitos e pré conceitos vindos de todos os lados. Tem gente que vota em troca de uma saco de arroz, de uma camiseta, de um emprego que nunca chega, de palavras bonitas que dão ao dito cujo um ar de pessoa do bem, gente que faz (isso me lembra slogan de campanha) O maior exercício democrático do mundo, as eleições, chamam mais atenção quando acontecem em regiões politicamente pouco desenvolvidas ou relativamente novatas em questão de participação popular.
Exemplo disso é a eleição parlamentar na índia, país fragmentado politicamente como seu complexo sistema de castas onde as eleições gerais durarão quase um mês e terão cinco rodadas. Ou a eleição sul-africana para a escolha do presidente. No país de Gandhi 714 milhões de indianos estão registrados para votar nos novos membros da Câmara Baixa (543 deputados da Assembléia do Povo, que representa os 28 estados e sete territórios da União Indiana), que definirá o futuro primeiro-ministro indiano. As eleições gerais estão marcadas para acabar somente em 16 de maio, quando serão divulgados os resultados. Como em toda disputa pelo poder que se preze, existem os grupos que brigam pelo cargo, no caso da índia, de um lado está a rainha dos dalits (os intocáveis, comunidade excluída do sistema hindu de castas), que tem como nome regente Varun, do principal partido oposicionista, o Bharatyia Janata (PBJ), enquanto do outro a família mais influente da política nacional, tendo como representante Rahul, político prodígio indiano e filho de Sonia Ghandi. A não obrigatoriedade do voto na Índia faz com que o pleito caminhe em um cenário de incerteza. Já na África de Nelson, Jacob Zuma, candidato do partido majoritário Congresso Nacional Africano (mesmo de Mandela) que ganhou legitimidade na luta contra o apartheid, é o favorito. O engraçado é que o discurso do partido é a redução do número de infectados pelo vírus HIV em mais de 50% e o fornecimento de tratamento a 80% dos doentes. Só lembrando que a maioria das pessoas infectadas adquirem a doença através de abusos sexuais e Zuma acaba de ser absolvido. A denúncia? Estupro? É a vida como ela é!
É tempo de eleições....Tantos significados para este período...
O importante e esquecer os rótulos e construir novos significados... soa um tanto utópico, mas o que fazer senão colocar aqui, nestas palavras, no meu espaço...todos os meus sinceros desejos....não seria má idéia ir até lá e jogar-lhe um sapato...DE FERRO, o que (como já foi provado) de nada adiantaria.
Hora de buscar informação, tempo de união, tornar o destino raro uma coisa comum, a participação popular uma necessidade e o voto uma arma ao alcance de todos.

Melhor é ser como Joaquim

Hoje em dia, com menos de 1 mês de namoro, eles já dizem o “eu te amo” tão pesado de significados, amigos de data breve já se amam e ficarão marcados pela eternidade na memória um do outro. Ama-se com uma facilidade assustadora e “desama-se” com um desinteresse inaceitável. Esquece-se que amar inclui sofrer, renunciar, engolir á seco o que está instalado aí, pronto para ser disparado e fazer sofrer quem se ama... ou se diz amar.
Feliz é Joaquim, o Joaquim de João Cabral de Melo Neto... cujo amor comeu o nome, a identidade, o retrato. O amor comeu sua certidão de idade, sua genealogia, seu endereço. O amor comeu seus cartões de visita. O amor veio e comeu todos os papéis onde ele escrevera seu nome. Como sofrer se não existe o eu?
O desgosto vem quando as diferenças aparecem, quando deixa-se de aceitar aquele defeito que no começo...da amizade, do namoro, do casamento, da convivência...parecia tão pequeno, tão mínimo diante de tamanho sentimento. A paciência, a impaciência, a tolerância, a intolerância, o barulho que ele faz quando estrala o pescoço, a mania que ela tem de apertar os olhos e fingir não ouvir, a preferência pelo azul, coisas deles, coisas dela, coisas dele... apenas coisas, preferências, manias, gostos e desgostos. Com o tempo o amor come roupas, lenços, camisas. O amor come metros e metros de gravatas. O amor come a medida dos ternos, o número dos sapatos, o tamanho dos chapéus. O amor come a altura, o peso, a cor dos olhos e dos cabelos. O amor come a vontade de amar.
E depois de algum tempo descobre-se que não se ama mais, simples assim! Ás vezes se odeia, se é indiferente, às vezes ainda se ama mas não se admite... o amor come até as certezas. Restam as dúvidas, os questionamentos, os possíveis erros, os pedidos de perdão, as acusações e justificativas. É a hora da dor. Para alguns um antagonismo imensurável. Uma dor forte, que não diminui com analgésicos... dor de alma.Difícil saber se o amor comeu os remédios, as receitas médicas, as dietas. Comeu as aspirinas, as ondas-curtas, os raios-X. Comeu os testes mentais, os exames de urina.
É o fim das palavras bonitas, da compreensão acima de tudo, do sentimento eterno que trouxe o infinito para o agora. E ponto. O amor comeu na estante todos os livros de poesia. Comeu em livros de prosa as citações em verso. Comeu no dicionário as palavras que poderiam se juntar em versos.
E o amor chegou e depois e se foi!
Faminto, o amor devorou os utensílios de uso: pente, navalha, escovas, tesouras de unhas, canivete. Faminto ainda, o amor devorou o uso de utensílios: banhos frios, a ópera cantada no banheiro, o aquecedor de água de fogo morto, mas que parecia uma usina.
O amor comeu as frutas postas sobre a mesa. Bebeu a água dos copos e das quartinhas. Comeu o pão de propósito escondido. Bebeu as lágrimas dos olhos que, ninguém o sabia, estavam cheios de água.
O amor roeu a infância, de dedos sujos de tinta, cabelo caindo nos olhos, botinas nunca engraxadas. O amor roeu o menino esquivo, sempre nos cantos, e que riscava os livros, mordia o lápis, andava na rua chutando pedras. Roeu as conversas, junto à bomba de gasolina do largo, com os primos que tudo sabiam sobre passarinhos, sobre uma mulher, sobre marcas de automóvel.
O amor comeu o Estado e a cidade. Drenou a água morta dos mangues, aboliu a maré. Comeu os mangues crespos e de folhas duras, comeu o verde ácido das plantas de cana cobrindo os morros regulares, cortados pelas barreiras vermelhas, pelo trenzinho preto, pelas chaminés. Comeu o cheiro de cana cortada e o cheiro de maresia
O amor comeu até os dias ainda não anunciados nas folhinhas. Comeu os minutos de adiantamento do relógio, os anos que as linhas de minha mão asseguravam. Comeu o futuro grande atleta, o futuro grande poeta. Comeu as futuras viagens em volta da terra, as futuras estantes em volta da sala.
Melhor é ser como Joaquim...


“O amor comeu minha paz e minha guerra. Meu dia e minha noite. Meu inverno e meu verão. Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte.”
Os Três Mal-Amados - João Cabral de Melo Neto

Primeiras











O tempo me ensinará como se faz
















Geni e companhia ltda.




O Ministério da Segurança adverte: Cuidado com jornalistas, escritores e profissionais da comunicação é indispensável! Chico Buarque há um tempo atrás já incentivava a jogada de pedra na pobre da Geni.
“Joga pedra na Geni
Joga bosta na Geni
Ela é feita pra apanhar
Ela é boa de cuspir
Ela dá pra qualquer um
Maldita Geni”

Aconteceu dinovo! “07/04/2009 - 06h19 Jornalista joga sapato em ministro na Índia” Uol.

O que? Ele jogou um de seus sapatos contra o ministro do Interior, P. Chidambaram, durante uma coletiva de imprensa em que explicava a política de segurança do governo.
Quem? Um jornalista indiano
Quando? Hoje (07/04/2009)
Onde? Em Nova Déli (Índia)
Como? Pegou o sapato com as mãos, mirou no ministro e o atirou com toda a força contra ele... simples assim.
Por quê? Queria protestar contra o não esclarecimento de um Relatório Vamos ao acontecimento da íntegra.
O jornalista Jarnail Singh, que trabalha no "Dainik Jagran", um jornal da Índia, lançou um de seus sapatos contra o ministro do Interior, P. Chidambaram quando ele respondia a uma das perguntas da coletiva de imprensa que ocorreu no dia 07/04/2009, acontecimento que foi transmitido ao vivo pelo canal "NDTV".O motivo da agressão teria sido uma forma de protesto que o jornalista (integrante da comunidade sique) encontrou para se mostrar insatisfeito com as explicações dadas pelo ministro sobre o relatório do Escritório Geral de Investigação (CBI) que pede à Justiça a retirada das acusações contra o membro do governante Partido do Congresso Jagdish Tytler, que está sendo investigado por envolvimento na onda de violência antisique - na qual morreram milhares de pessoas - gerada em Nova Déli em 1984 após o assassinato da então primeira-ministra Indira Gandhi. O jornalista se recusou-se á pedir desculpas ao ministro, já que para ele o método usado teria sido incorreto, mas suas razões não. O incidente lembra o fato ocorrido com o ex-presidente americano George W. Bush, que também foi alvo do lançamento por parte de um jornalista iraquiano em uma coletiva de imprensa em Bagdá em dezembro passado. Para piorar a situação os sapatos vieram acompanhados de uma frase muito cordial: “Esse é o beijo de despedida, cachorro”, gritou o jornalista. Bush chegou de surpresa ao Iraque, e teve que se abaixar duas vezes para que os sapatos não o atingissem.
No Iraque, jogar sapato contra uma pessoa é um grave insulto. Significa que a pessoa é menos que um calçado, que fica sempre no chão e sujo. As reações foram um pouco diferentes, enquanto o ministro indiano mostrou-se cauteloso e cheio de intenções de perdão (mesmo não ocorrendo o pedido por parte do jornalista) dizendo: "Por favor, tirem-no com cuidado", o ex-presidente americano preferiu a imagem despreocupada e extrovertida, “Não se sabe se o primeiro sapato era o do pé esquerdo ou do direito. O que eu sei é que o sapato parecia número 42″, disse brincando. O posicionamento pouco aguerrido do presidente deu liberdade para criação de sátiras e até de um game onde o internauta tenta acertá-lo com pares de sapato.
Como disse Arnaldo Antunes em um de seus títulos (música de Noel Rosa, Ismael Silva e Francisco Alves): A razão dá-se a quem tem.
O difícil é ter a sabedoria para saber quem tem razão, já que tudo é relativo. Tudo depende de quem vê, de conta, de quem ouve... depende do lado, do ponto de vista, e é claro dos interesses que estão em jogo. Depende de como se lida com as diferenças e da existência ou não de respeito para com o outro.
O respeito é condição indispensável para a convivência em sociedade. Com ele aprende-se à aceitar (NÃO CONCORDAR) com características religiosas, sociais e culturais diferentes. Passa-se a conhecer outro tipo de pensamento, educação, certos e errados, costumes, visões de mundo, dores e motivos, povos de mesmo idioma, mas de opiniões e ideologias diferentes.

O fato é que, cada coisa tem seu lugar...
Opiniões na ponta da língua e sapatos nos pés!

Eu disse ado-a-ado! Todo mundo no mesmo quadrado!


Não é de hoje que a disputa por terras entre dois grupos de componentes semelhantes com pontos de vista totalmente contraditórios ganha espaço na mídia. Um dos destaques atuais foi a disputa entre arrozeiros e índios pela região da Raposa Serra do Sol, em Roraima. Entre ditos e não ditos... e também aqueles “queriam dizer isso, mas disseram aquilo”, a situação ficou confusa. O indivíduo não sabe mais o que está acontecendo, nem quem está com a razão, nem quem quer o que , já que sempre existe algo implícito, interesses não declarados e pessoas duvidosas. Não se sabe exatamente (ou faze-se questão de não saber) onde termina seu quadrado e começa o do outro, como ficar cada um no seu espaço? Por falar em quadrado, acho que deveríamos estar em festa diante de tamanha criatividade e utilização das emissoras de rádio e gravadoras de cd para disseminação de “songs” que são cultura pura!
Um exemplo é o atual sucesso das paradas, uma das mais pedidas: A dança do quadrado. A fama chegou merecidamente para os milhares de intérpretes dos versos que exalam conteúdo.
Eu disse ado-a-ado!
Cada um no seu quadrado!
Ado-a-ado!
Cada um no seu quadrado!
“Arrozeiros no seu quadrado!
Índios no seu quadrado!
STF no seu quadrado!
Cada um no seu quadrado!
Ado-a-ado!
Todo mundo no mesmo quadrado...não, não...CADA UM NO SEU QUADRADO!”

A discussão sobre a demarcação da reserva Raposa/Serra do Sol, que reúne 1,7 milhão de hectares, no qual vivem cerca de 18 mil indígenas de várias etnias e não índios, levou sete meses para ser concluída pelo STF. Foram quatro dias de julgamento em várias etapas, como de costume no país onde tudo acaba em samba, ou pelo menos sempre se ensaia um chorinho.
Bom... entre acusações e defesas, o tempo correu e as coisas foram ficando como estavam..tudo na perfeita paz. De um lado o presidente STF, ministro Gilmar Mendes jogava a culpa na Justiça Federal, segundo ele a responsável pela execução da retirada (ou simplesmente pela não tomada de atitude) dos produtores rurais (também chamados arrozeiros) da área, o que descartaria abusos por parte da FUNAI e pela própria Polícia Federal. Do outro lado do ring, pesando bem menos, o advogado que representa os produtores, Luiz Albrecht, afirmava que o Executivo é que deveria ser questionado. "Se a terra era indígena, sempre foi indígena, nunca deixou de ser, então no momento em que a União titulou essa terra para particulares, agiu à margem da lei e tem um dano que ela tem que indenizar", disse Albrecht à Uol Noticias (
http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2009/03/19/ult5772u3310.jhtm)

Depois de muito barulho e pouca ação, os ministros aprovaram 19 condições para que seja colocada em prática a decisão de tornar legal a demarcação contínua da reserva indígena, e desocupação da área pelos arrozeiros. Não...você não leu errado: 19 condições, o que facilita incrivelmente tudo. Condições como, por exemplo, proibir a cobrança de pedágios para acesso à área e o fim do direito à ampliação das terras já demarcadas, a relativização do usufruto das riquezas do solo, dos rios e dos lagos existentes nas terras sempre que houver relevante interesse público da União, e a dependência de autorização do Congresso para o aproveitamento pelos índios de recursos hídricos e potenciais energéticos. Tudo muito justo! O STF ressalvou ainda que o usufruto dos índios não se sobrepõe ao interesse da Política de Defesa Nacional. Claro que não! Quem pensou isso?

A Corte determinou ainda que o usufruto dos índios não abrange a pesquisa e a lavra de riquezas minerais, que também dependerá de autorização do Congresso, assegurando a eles participação nos resultados (PARTICIPAÇÃO NOS RESULTADO, pronto, encontramos a base da discussão e o motivo por tantas indas e vindas), os índios também não terão direito à garimpagem nem à faiscação, dependendo-se o caso, ser obtida a permissão da lavra garimpeira.
A instalação de bases, unidades e postos militares e demais intervenções militares, a expansão estratégica da malha viária, a exploração de alternativas energéticas de cunho estratégico e o resguardo das riquezas de cunho estratégico serão implementados independentemente de consulta às comunidades e à Fundação Nacional do Índio (FUNAI). As Forças Armadas e a Polícia Federal (PF) não precisam de liberação das comunidades indígenas ou da FUNAI para entrar na reserva... afinal, vivemos em um país comunista de pai e mãe: não existem propriedades privadas.
Também, os ministros deixaram livre a reserva para que a União possa instalar equipamentos públicos, redes de comunicação e construções necessárias à prestação de serviços públicos e é claro solicitar licitações, aumentar alguns zeros, arregaçar as mangas e trabalhar como nunca. A Corte ainda decidiu que a atividade indígena na área afetada por unidades de conservação fica sob responsabilidade do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Ainda, a entidade responderá pela administração da área de unidade de conservação, jeito bonito de dizer: “Se algo sair errado, não temos nenhuma responsabilidade.”

Pronto...depois de tanto “tititi”, o STF definiu por dez votos a um pela demarcação de forma contínua da região, o único a votar contra foi o ministro Marco Aurélio Mello. Para ele, o ideal seria anular o processo demarcatório e reiniciá-lo.
Seria Marco Aurélio Mello um arrozeiro disfarçado?!!!

Vale como protesto!

A República Francesa oficialmente é um estado laico, apesar de ter-se como religião predominante o catolicismo, principalmente no meio rural. Mesmo com sua vinculação ao Vaticano, a Igreja Católica francesa conserva características nacionais, o que é de fato muito bom, já que assim não se submete tanto aos caprichos da “toda poderosa”.
O país recentemente tem enfrentado dilemas sócio-culturais quanto a aceitação da liberdade religiosa, como a recente lei que restringe o vestuário feminino. Em sua população estão representadas as principais denominações religiosas: católica 51%, ateus 31%, muçulmana 6%, protestante 2%, judia 1,5%, budista 1%, ortodoxa 0,5%, outras 7%.

A Revolução Francesa marcou para Igreja Católica um dos períodos mais difíceis de sua história. Isto porque ela não só propagou os ideais iluministas que incluíam um sentimento anticlerical e anti-religioso (poderia incluir aqui anti-católico, já que a religião e seus adeptos se sentem como um caso á parte em todos os sentidos), como também os exerceu na prática, muitas vezes de forma violenta. No último dia 26, o país lançou uma camisinha com a imagem do papa, mas o homenageado pareceu não ficar muito satisfeito.
Vale como protesto!


Segundo a redação da Folha On line, a frase que deveria acompanhar a imagem do papa é: I said no! “Então nós estávamos pensando em lançar uma camisinha com a cara do Obama e legenda: Yes, we can!”, completou o site.

Firme, forte e ainda baixinho!


Como uma candidata a futura jornalista (lembrando da versatilidade EXIGIDA pela profissão), tenho uma desvantagem em relação á muitas mulheres e colegas de curso que conheço: não sei nada sobre futebol, e consideraria uma missão quase impossível escrever para uma revista, jornal ou cobrir um evento/acontecimento do gênero.
Então, como o mundo é dos espertos, onde “homem come homem” (expressão popular que se remete ao fato de não haver muito respeito e ética profissional. Não quero ser mal interpretada), resolvi aprender um pouquinho sobre o complicado (pelo menos pra mim) mundo futebolístico. Com tantos times, campeonatos, jogadores que vão e vem de clubes a todo o momento, técnicos, goleadas (também conhecido como “lavada” é assim que chamam a partida quando o placar da mesma tem diferença grande entre o número de gols de um e outro time) e um misterioso poder que esse esporte tem sobre as pessoas, principalmente sobre os homens... sei que não será uma tarefa fácil, mas tô na luta!
Fazendo minha leitura diária na internet, vi uma notícia sobre “o baixinho”, o Romário. Sei do apelido porque na Copa do Mundo de 1994, só se falava dele e é claro de sua incrível parceria com Bebeto. Na minha santa ignorância me assustei, nem sabia que o cara ainda era notícia, mas ele estava lá, firme, forte e ainda baixinho.
“17/03/2009 - 18h46 Romário volta ao futebol como dirigente do América Rodrigo Viga Gaier
Romário vai voltar ao mundo do futebol este ano e atacará de dirigente do América, tradicional equipe do Rio de Janeiro.”

O jogador será coordenador de futebol do América, que é um time que está na segunda divisão do Campeonato Estadual do Rio. Mas calma, vamos por partes: a chamada Segunda Divisão é onde estão os clubes que não se destacaram tanto, mas que não são dos piores (estes ficam na 3ª Divisão, o que é um ferimento na honra do time. Se você quer deixar o torcedor, ou a maioria deles, envergonhado é só lembrá-lo que o time dele está na mal assombrada 3ª Divisão). Acima desta, está a principal (é a 1ª Divisão), que reúne os principais clubes, também conhecidos como os “tops de linha” ou “nata”, assim chamados pelo fato de ganharem os jogos quase sempre. Essa proporciona ao clube a possibilidade de participar de outros campeonatos, o que me parece uma coisa boa.

Mas voltando ao assunto do jogador/coordenador, o acordo foi fechado durante a madrugada de terça-feira (17/03/2009) e veio a público através do presidente do clube Ulisses Salgado. "É importante a vinda do Romário para nos ajudar no projeto de reerguer o América. Fechamos essa parceria com ele, o Botafogo e a Federação de Futebol do Rio, que vai dar muita alegria ao clube", disse Salgado ao site da Folha. Segundo ele o Botafogo vai ceder jogadores e a federação disponibilizará estádios para treinos e atividades do time. O América também conhecido como “Ameriquinha”, “o segundo time de todos os cariocas” e “Diabo” (complicações do futebol) teve como torcedor fanático o “baixinho mor” (pai de Romário) o que foi um dos motivos pelos quais o craque (costumam chamar assim quem tem fama e joga bem, mas tudo depende do referencial) aceitou o cargo de coordenador. No ano passado o jogador ariscou-se também como técnico do Vasco (lembrando que para ser técnico só precisa mesmo entender do assunto), sei disso porque saiu na parte de esporte, que fica pertinho da de economia e que apesar de também não saber muita coisa do assunto, gosto de ler e tento sempre ficar por dentro de tudo.
Na época ele jogava e atuava como técnico da equipe, o que não durou muito tempo, pois se indispôs com o então presidente do clube, Eurico Miranda, que tentou interferir na escalação do time titular montado pelo jogador... e técnico...ai, que confusão! Curiosamente, o América foi uma das principais vítimas de Romário enquanto o jogador esteve em atividade. Segundo cálculos do próprio técnico, foram 34 gols marcados contra o time do pai desde as categorias amadoras até o profissional. Romário também apareceu muito na mídia pelo feito de seus 1.000 gols, que pareciam nunca sair. O fato já se assemelhava a uma novela, tamanho o novelo de acontecimentos: o sofrimento da imprensa, do clube e do “baixinho”, corre-corre de fotógrafos, crises do jogador que se dizia pressionado...até que na quinta tentativa durante o Campeonato Brasileiro, enfim, ele cumpriu a sua missão e marcou o bendito gol.
O Sport acabou se transformando na vítima do momento histórico. São Januário, o palco. E o dia 20 de maio de 2007 entra para a História. “Aos 41 anos, Papai do Céu me deu uma oportunidade desta, e eu não esperava. Tive oportunidade de atingir essa marca não só para mim, os meus pais, a minha família, mas para o mundo todo” diz Romário, aos prantos.
Papai do Céu? Sei!!!
Uma coisa ficou bem clara: o futebol nunca dá ponto sem nó e está quase sempre cercado de interesses e das famosas “puxadas de tapete”. Time sobe, time desce... jogador marca, goleiro deixa passar...
Um jornalista esportivo tem que estar tão plugado no momento quanto todos os outro de todas as outras áreas.
Á vocês, o meu respeito!
OBS: Esse texto contou com a indispensável colaboração de um homem, que excepcionalmente não sabe quase nada sobre futebol. Mesmo assim obrigada, Dani!

Que venha o Reva!


Vivemos hoje literalmente em um caos ambiental.
“Segundo estudo do Laboratório de Poluição Atmosférica da Faculdade de Medicina da USP, baseado em parâmetros da Organização Mundial de Saúde (OMS), a chance de uma pessoa morrer de doença cardiorrespiratória nos 39 municípios da região é atualmente de 10,9%. Sem as emissões veiculares, cairia para 2,4%. Nos atuais padrões, o ar da região mata indiretamente, por ano, 7.187 pessoas a partir dos 40 anos (grupo de maior vulnerabilidade). São 65% a mais que em 2004, ano da última pesquisa.
“As principais doenças agravadas são infarto, acidente vascular cerebral, pneumonia, asma e câncer de pulmão.” (Fonte: Folha Online – UOL)
Para piorar um pouquinho a situação, a índia lançou hoje o carro mais barato do mundo. Oba! Você deve estar pensando: ”Este é o carro perfeito pra mim!”. Calma! O Tata Nano é um carro movido a gasolina e fabricado na Índia com preço em torno de US$ 2 mil. Já chega ao mercado tirando o sono de muitos ambientalistas, que prevêem que as vendas gigantescas irão poluir o ar já nublado do país. Mas nem só de invenções ecologicamente incorretas vive a índia. Que venha o Reva! O Reva é o veículo elétrico de mais sucesso no mundo. É fabricado nos arredores de Bangalore, no sul da Índia. É ecologicamente correto e quase silencioso, custa três vezes o valor do Nano, e têm um apelo limitado para os compradores mais pobres que desejam ter seu primeiro carro. Peraí?! Custa três vezes o valor do Nano? Pois é. Tudo tem seu preço. Apesar das tecnologias patenteadas, subsídios do governo, o rápido crescimento do interesse por veículos elétricos, o Reva não deve deixar sua marca no mercado de carros mundial com tanta força quanto o Nano. É o mundo capitalista. Afinal, a destruição do planeta não será amanhã e quando isso acontecer nenhum de nós estará aqui. Por que se importar? O que a maioria dos moradores deseja é o status e o luxo de um carro próprio. Dane-se o meio ambiente!
Londres oferece inúmeros incentivos para donos de carros elétricos, desde uma cobrança menor nos estacionamentos até a isenção de imposto sobre circulação e a redução na taxa de congestionamento. O resto da Europa segue os mesmos passos. A França oferece um subsídio de 3.000 euros para os compradores do Reva. A Noruega cortou o imposto de importação do carro e o imposto sobre mercadorias, e permite que os motoristas usem as linhas de ônibus.
A busca pela diminuição da poluição provocada pelos automóveis leva cada região a encontrar suas próprias soluções: o governo de São Paulo, por exemplo, tem o projeto de rodízio. De acordo com o final de cada placa e dia da semana, os veículos não podem circular nas ruas e avenidas, sujeitos á multas e apreensão do veículo.
Já a nossa queria e bem administrada capital, contou com a inauguração, nesta última quarta-feira (dia 25/03/2009) de um novo serviço dentro do sistema de transporte coletivo. Batizado de CITYBUS ou popularmente conhecido como “Frescão” (ainda estou na dúvida se fazem referência ao veículo ou aos passageiros), esse atendimento será feito por 65 miniônibus que foram entregues pelo prefeito Iris Rezende na presença de diversas autoridades, durante solenidade (claro que não podia faltar uma solenidade. INDISPENSÁVEL!) no Paço Municipal. O prefeito Iris Rezende disse que a chegada dos miniônibus reforça o projeto de governo voltado para o transporte. Para Iris, essa é a oportunidade para o goianiense deixar o carro em casa. 'Precisamos desafogar o trânsito. Cada carro que fica em casa é um passo para melhorar a qualidade de vida de uma cidade', disse o prefeito ao jornal O Popular.
Segundo os assessores, a novidade é destinada á classe média, levando em conta as características do transporte. Os miniônibus são equipados com televisor com tela em LCD para o repasse de informações sobre o sistema, e é claro, propagandas institucionais do governo, tomadas de energia para a recarga de celular, ar condicionado, moedeiro eletrônico, para pagamento em dinheiro (só ressaltando o valor: R$4,00. Uma bagatela!), validadores de cartões sit-pass, e sistema Wifi.
Esse último faz dos veículos os únicos do país a oferecer acesso à internet. É uma tentativa. Resta-nos esperar!

Prazer em conhecer!

Entrei na universidade como quem entra de gaiato num navio... mas calma, ainda não entrei pelo cano. A primeira recomendação que me fizeram foi: “Faça um blog!”, e aqui estou eu.
Sou Michelle Rabelo, tenho 24 (recém completados) anos e sou estudante de jornalismo.
Bom... sempre achei que minha área era biológicas, estudei para isso um bom tempo da minha vidinha ainda tão curta, mas por questão de necessidade comecei a trabalhar em uma agência de publicidade e foi lá que conheci o maravilhoso mundo da comunicação..e deu no que deu.
Fiz 1 ano de jornalismo na Faculdade Sul Americana e transferi para UCG. E aqui pretendo me formar. Pelo amor de Deus!!
E depois de 1 ano e alguns meses de curso, me desejo todos os dias, uma vida longa como futura funcionária da palavra. Descobri neste tempo que ela tem um poder inacreditável.
Escrevi aí em cima: A primeira recomendação que me fizeram foi: “Faça um blog!”. Pois é, mas antes de tudo, fiz amigos. E um deles, Pedro Paulo, levo sempre comigo e torço que se torne um grande parceiro profissional. Decidi começar agora, dividindo esse blog com ele, por isso mudamos o nome, de O Blog dela! passou a se chamar O Blog deles!PP sucesso para nós!

Busco amores, dissabores e dúvidas... muitas dúvidas, porque elas são meu estímulo para o crescimento. Penso mais, analiso, pesquiso, pergunto... e no final sei mais um pouco sobre alguma coisa.Quero boa vida, correria, muito trabalho, muita gente lendo o que eu escrevo, muito aprendizado e a “democratização das coisas”. Li essa última expressão em um outro blog e achei perfeita. (http://eseriomesmo.blogspot.com/)

Vida longa ao nosso blog!

Desculpe Lya, vou-me embora com Manuel.

Quarta-feira, dia 18 de março. A semana já está quase no fim, mas só agora consegui dar uma olhada na Veja atual, que já está quase se tornando antiga. Domingo tem revista nova cheia de todas aquelas novidades que eu já conheço de cor e salteado.Bom....o entrevistado das páginas amarelas desta edição é o arcebispo de Olinda e Recife dom José Cardoso Sobrinho, aquele que excomungou no dia 04 deste mês a mãe, os médicos e outros envolvidos no aborto legal feito por uma menina de 9 anos estuprada pelo padastro. Nem vou falar muito disso, acho que todos estão cansados de saber.Quase não consegui chegar ao final da entrevista, tamanha foi minha indignação (opinião pessoal) com declarações feitas á repórter Juliana Linhares.
Segue trecho:
“Se o senhor ficasse frente a frente com a menina, o que diria a ela?
Eu diria: o que aconteceu já passou. Daqui para a frente, procure praticar a religião com os meninos da sua idade, ir para a igreja e aprender o catecismo. Seria tão bom se as criancinhas fossem como antigamente, quando nem tinham uso da razão mas já sabiam rezar o Pai-Nosso e a Ave-Maria.
Se encontrasse o padrasto que a violentou, o que diria a ele?
Eu iria procurar convertê-lo. Iria perguntar se reconhece que errou e se está arrependido. Eu não sei onde ele está, se está preso, sei lá. Mas, se tivesse a oportunidade de visitá-lo, diria a ele que pedisse perdão a Deus. Iria ajudá-lo a fazer uma oração pedindo perdão.”
(Revista Veja; edição 2104;Juliana Linhares)


Lembrei-me na hora de um artigo da escritora Lya Luft publicado na mesma revista no dia 04/07/2007 que levava o título: “Não vou pra Pasárgada”. (vale á pena conferir: http://veja.abril.com.br/index.shtml)

Desculpe Lya! Acho que vou pra Pasárgada com Manuel.“Pasárgada para quem não se recorda, é um reino feliz inventado por Manuel, o Bandeira; para quem não sabe, ele foi um poeta maravilhoso.”, palavras de Lya que tomo como minhas, por concordar em gênero, número e grau com a também professora universitária.
Vou-me embora pra Pasárgada.
Quero fugir desta confusão. Lugar onde tudo é previamente conceituado, cheio de atitudes rudes, olhares superficiais, pessoas de má fé, instituições fracassadas, crenças ultrapassadas e interesseiras, relacionamentos de fachada, desta gente quer não se respeita. (tenho quase certeza de que eu não sou daqui.... grande Renato!). Aqui não existe lealdade, fidelidade partidária nem para com o próximo, respeito, consideração, dignidade... não existe decoro.Deixo apenas meu corpo, pois tenho inúmeras responsabilidades sociais: trabalho, faculdade, contas a pagar, candidatos á escolher, satisfações á dar. Levo somente meu coração, pois ele precisa de descanso, precisa ver como viver é bom. Não é a vida como está, e sim as coisas como são.
Vou-me embora, afinal,

Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar
Preciso respirar ar puro, sem poluição e falsidade, sem esse mau cheiro de coisa arranjada, de cargo comprado, conta cheia de dinheiro e suor do outro. Preciso limpar os olhos... ver coisa bonitas, deixar de fazer parte dessa sociedade bitolada em novela das 18:00,19:00, 20:00...

Preciso refrescar os ouvidos, escutar algo bacana...um poema de Drumonnd, uma música de Noel Rosa, um texto de Machado de Assis.
Preciso passar uma tarde em Itapuã...Com um velho calção de banho
Um dia prá vadiar
O mar que não tem tamanho
E um arco-íris no ar...
Vou mesmo embora para Pasárgada.

Vou-me junto com Manuel...
Lá somos amigo do rei
Lá temos a mulher que eu quisermos
Na cama que escolhermos
Vou-me embora pra Pasárgada.