quinta-feira, 2 de julho de 2009
"Bom moço".
"Afirmo que o governo Lula é o mais corrupto de nossa história nacional. Corrupção tanto mais nefasta por servir à compra de congressistas, à politização da Polícia Federal e das agências reguladoras, ao achincalhamento dos partidos políticos e à tentativa de dobrar qualquer instituição do Estado capaz de se contrapor a seus desmandos", palavras de Mangabeira Unger sobre o governo Lula em 2005.
Tá...até aí tudo certo. O que não falta no país são críticos ao governo do nosso Lulinha, já que nem com todas suas ações assistencialistas, discurso emocionante à favor do povo, amizade íntima e verdadeira com líderes da América Latina e forte relação com empresários, conseguiu agradar à gregos e troianos...ou melhor, á dominantes e dominados. O que não encaixa é o fato de este mesmo Mangabeira declarante em 2005, tempos depois ter aceitado o cargo de ministro extraordinário de Assuntos Estratégicos do Brasil... pasmem... do governo Lula, aquele que ocupava o topo do ranking da história da corrupção nacional...Urger tenha o dito.
O Plano Amazônia Sustentável (PAS) passou a ser coordenado por ele, o que resultou na demissão (seguida de renúncia) da senadora Marina Silva e em muito bafáfá. O poder da última palavra (pelo menos nos assuntos relacionados à nossa florestinha) veio acompanhado por fortes declarações...muitas sem relação direta com o PAS, direcionando o homem Mangabera para o social e político. O ministro já vinha de uma longa história política, passando pelo regime militar quando atuou no antigo MDB, por Leonel Brizola e Ciro Gomes com quem participou das eleições presidenciais.
Urger tem em seu discurso a busca incessante por uma alternativa que interrompa a transferência assustadora de riqueza das mãos de trabalhadores e produtores para os bolsos de rentistas... mas já avisa, SEM QUALQUER HIPÓTESE DE UMA POLÍTICA ASSISTENCIALISTA. Afirma e reafirma a fusão entre política externa e interna, e defende a importância da diplomacia no Brasil.
Agora o presidente anuncia a saída do ministro, que precisará deixar o governo para retomar sua função de professor na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos (pelo menos foi o dito). Mangabeira deixa o cargo ratificando a não existência de problemas políticos ou programáticos em sua relação com o presidente e com o governo.
No país de “nação rebelde”, ainda existe uma democracia vibrante e fomentada na unidade nacional. Palavra de ministro.... ou será SÓ NA CABEÇA DO MINISTRO?!
Bem... parece um bom moço, um tanto quanto cheio de ilusões.
Vá pela sombra Mangabeira.
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