quarta-feira, 5 de maio de 2010

E nessas horas

As coisas acontecem. Simplesmente acontecem.
E ás vezes o ego, o excesso do espírito humano que transborda em cada indivíduo pensante deste planeta, a necessidade de auto-afirmação... a V.A.I.D.A.D.E trabalham como uma barreira que evita a aceitação das circunstâncias...destas coisas que acontecem simplesmente.
E nessas horas? Nessas horas pega mal chorar. Sofrer pela “ausência” real ou escolhida... encolhida dentro da cada um.


- Vamos comigo?
- Não.
- Porque?
- Porque não quero, não gosto, não tenho nenhuma pretensão, mesmo que mínima de me envolver...o problema é VOCÊ!


Pronto...toda história estaria resolvida. Os namoros seriam curtos, os casamentos coloridos, os amantes mais amantes, os amigos jóias raras e verdadeiras... as pessoas mais fortes, seguras e felizes.
Hoje as palavras estão amargas... tão amargas quanto essa que vos escreve. Saber o que é preciso fazer, saber como fazer... quando, porque...SABER é pior do que estar perdida. Amarga por não entender o ser humano e toda sua confusão de verdades, seu medo de esclarecer, clarear, iluminar e seguir em frente. Solto, salto, alto, só e completamente sublime.
E nessas horas? Nessas horas em que o corpo fica estático... paralisado para ser mais exata....acho que soa mais forte, parece vir acompanhada de tanta angústia, tantas palavras abafadas...pela falta de tempo, pelo medo, pelo orgulho. Escondidas. Nessas horas pega mal falar a verdade em um mundo de aparências, de conselhos distribuídos para benefício próprio.
A verdade é que deveríamos nos apaixonar por nós mesmos... assim poderíamos retribuir na medida...ler pensamentos, calar a boca, falar aquela palavra tão esperada com a entonação exata. Deveríamos nos bastar e que me perdoe Tom Jobim....ser SIM felizes sozinhos....sem o outro e toda dependência emocional que aí vem impregnada.
Mas e nessas horas?

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