quarta-feira, 12 de maio de 2010

E hoje em dia, como é que se diz “Eu te amo”?


Furacão da alma.
Sinto um vai e vem. Bom humor, quase êxtase, risada gostosa carregada de liberdade. Sim, me sinto livre desse sentimento. Estou livre de você, de toda ansiedade, do cheiro bom que faz tudo voltar.
Furacão da alma.
Descompasso do coração. De que vale viver sem repartir, sem tirar do outro o que ele tem de melhor e levar em uma mochila tudo o que foi bom? Abra a porta, feche a boca, não deseje. Abra a mão, abra os braços... para todos os abraços sejam apertados ou frouxos, poucos. Abra os olhos... abra e veja que ninguém ficou, chorou, sobrou.

Contos são contos. Pontos são pontos. E isso também passa.
A gente fica calejado, endurecido, seco, descrente, descontente. Preto e branco. A luta é interna e o inimigo é o espelho. Reflexo cheio de expectativas, vontades ativas, desnorteadas, vermelhas. Vontades.

E aí... nessa hora é que entram na história as crenças. Entram Deus, o outro, aqueles... a tempestade de sentimentos. Carícias no rosto amarelo, amarelo claro, sem sol, sem sal, sem o colorido do amor, do amar, do ser amado. Ergue a tua espada e luta!
Contra a diferença. Contra o silêncio. Contra o sentimento. Contra um pedaço do céu... um pedaço do seu, em pedaço de si.

Quem ama, ama. Desfruta , grita, chora, sorri, briga para estar junto, perto, no peito, no pensamento... quer o melhor, os dias e as noites. As dores. As delícias. Os afagos. Quer por inteiro ou nada feito.

Como fazer? O que dizer? E hoje em dia, como é que se diz “Eu te amo”? Apenas se diz? Olho, boca, mão e nariz. Sorriso como poucos. Um amor como tantos.

Trampolim para o infinito... infinito que acaba logo ali. Onde se deita, onde se joga, onde se encosta... conforta, confia. Corre para o sol, para o mar, para a mãe, para mim... quando a gente está em frente ao amor a gente se sente melhor.

É o paraíso. Tenho certeza!

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