Ando apática, totalmente sem idéias... ou pelo menos nenhuma que valha á pena o tempo gasto e a expectativa de que alguém passe os olhos por cima das letras, palavras, significados reais. Porque escrever sobre o desastroso governo hilário Inácio se isso não afetará em absolutamente nada a imagem do mesmo perante a massa que absorve passivamente as idéias e alegremente o dinheirinho do bolsa alguma coisa? É o progresso chegando. Um político que é “gente como gente”, que conhece as dificuldades pelas quais grande parte da população passa.
Mesmo com a infinita variedade de assuntos, acontecimentos diários que merecem páginas inteiras, o meu blog fica aqui... paralisado. A provável correria da redação me entusiasma, me faz animada com o futuro... mas a fragilidade da ética, a facilidade da venda de espaços em um território construído com base no compromisso com o próximo, seja ela pobre, rico, branco ou amarelo, deixa uma sensação de perca, de arrependimento.
O fator tempo passou a ser o senhor dos jornalistas. Cada vez mais enxutos, os textos ganharam um ar de descompromisso com o leitor, informações superficiais ou profundamente duvidosas se tornaram cada vez mais comuns. Agora os apresentadores de telejornais estão de pé, falam a “língua” do povo, aos berros clamam por justiças. Tudo me parece tão contraditório.
A aliança mídia e governo parece cada vez mais forte.
Lula reduziu os impostos cobrados de 4.000 rádios no interior. Como? Por quê? Como ele é amigo dos meios! Realmente... gente como a gente...homem do povo que se importa com cada brasileiro e brasileira, companheira e companheiro. É por ele que cada estrelinha brilha no peito... de tanta felicidade e orgulho!
Mas... voltando á vida real...
A decisão faz parte da lei eleitoral sancionada por Lula onde o benefício fiscal será dado na forma de ressarcimento a pequenas rádios como compensação pelo tempo que cada uma cede para propagandas partidárias e eleitorais, o que já ocorre com as empresas de radiodifusão de grande porte... tá explicado! Uma faca de dois gumes.
Difícil a imprensa (seja ela grande ou dita pequena) discutir, questionar... virar as costas para uma suposta vantagem. Fica complicado bater no peito e dizer-se veículo independente quando se está no olho do furacão. A sociedade agora fica em segundo plano, a lei que rege a profissão agora é a da concorrência, essa se tornou desleal com a chegada da internet e a briga por um segundo, uma linha... um espaço se transformou em assunto de gente grande.
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